quinta-feira, 2 de dezembro de 2010


Metáfora: é uma figura de estilo (ou tropo linguístico), que consiste na comparação de dois termos sem o uso de um conectivo.  
   Exemplo: " Amor é fogo sem arder "      Luis de camões

 
Metonimia: chama-se de metonímia ou transnominação uma figura de linguagem que consiste no emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associação entre eles.
  Exemplo: Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis



Catacrese: é a figura de linguagem que consiste na utilização de uma palavra ou expressão que não descreve com exatidão o que se quer expressar, mas é adotada por não haver uma outra palavra apropriada - ou a palavra apropriada não ser de uso comum; são como gírias do dia-a-dia, expressões usadas para facilitar a comunicação. Estabelecem comparação às situações em que são atribuídas, qualidades de seres vivos, a seres inanimados.
  Exemplo: "os pés da mesa",



Sinestesia: é a relação de planos sensoriais diferentes.
  Exemplo: o gosto, o cheiro, a visão.



Sinédoque: A sinédoque é um tipo de metoníma que consiste na atribuição da parte pelo todo, ou do todo pela parte.
  Exemplo: Vós, ó novo temor da Maura lança - Refere-se não a uma só lança, mas a todo exército mouro (a lança era uma das armas usadas).



Comparação ou Símile: comparação é uma figura de linguagem semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos. A relação entre esses elementos pode formar uma comparação simples ou uma comparação por símile mil e umas maneiras.
É mais facilmente entendida como a aproximação de dois termos que se assemelham.
  Exemplo: Amor é fogo que queima.

Antonomásia: é uma figura de linguagem caracterizada pela substituição de um nome por outro nome ou expressão que lembre uma qualidade, característica ou um fato que de alguma forma identifique-o, é um caso especial de metonímia, ou seja, uma substituição de um nome por outro que com ele tenha afinidades semânticas. Essa substituição resulta comumente do patrimônio pessoal ou da profissão do indivíduo em causa, em geral conhecidos, que devem ser, pelo menos, facilmente deduzíveis pelo receptor de modo que uma substituição seja compreendida e provoque o efeito desejado;
  Exemplo:  quando se fala "o apóstolo dos gentios" no lugar de se escrever "São Paulo"



Anacoluto: anacoluto, ou frase quebrada, é uma figura de linguagem que, segundo a retórica clássica, consiste numa irregularidade gramatical na estrutura de uma frase, como se começássemos uma frase e houvesse uma mudança de rumo no pensamento,
  Exemplo: "O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto"



Elipse: é um tipo de secção cônica: se uma superfície cônica é cortada com um plano que não passe pela base e que não intercepte as duas folhas do cone, a intersecção entre o cone e o plano é uma elipse.
Anáfora: é a repetição da mesma palavra ou grupo de palavras no princípio de frases ou versos consecutivos. É uma figura de linguagem comuníssima nos quadrinhos populares, música e literatura em geral, especialmente na poesia.
  Exemplo: Nem tudo que ronca é porco.


Anastrofe:  é, dentro das figuras literárias, uma das figuras de posição; consiste em investir a ordem sintáctico habitual ou normal de duas ou mais palavras sucessivas em uma frase. Não sempre se distingue com clareza do hiperbatón, que, a diferença da anástrofe, supõe transposición de um ou mais elementos da oração.
  Exemplo:  "nenhum não deve usar nem querer de mulheres amor" (Arcipreste de Talavera, Corbacho).



Polissíndeto: é o emprego repetitivo da conjunção entre as orações de um periodo ou entre os termos de oração e geralmente é a conjunção "e".
  Exemplo: "Tudo é seco e mudo e de mestura também mudando eu fiz outras cores".


Pleonasmo:  pode ser tanto uma figura de linguagem quanto um vício de linguagem. O pleonasmo é uma redundância (proposital ou não) em uma expressão, enfatizando.
  Exemplo: Estou organizando uma torcida organizada


Hipérbole: é um tipo de seção cônica definida como a interseção entre uma superfície cônica circular regular e um plano que passa através das duas metades do cone.


Eufemismo: é um tipo de seção cônica definida como a interseção entre uma superfície cônica circular regular e um plano que passa através das duas metades do cone.
  Exemplo: Você e Desprovido de beleza. (Pra não falar que e feio)


Ironia:  é um instrumento de literatura ou de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos. Na Literatura, a ironia é a arte de gozar com alguém ou de alguma coisa, com vista a obter uma reacção do leitor, ouvinte ou interlocuto.
  Exemplo: -Não diga, meu amor!


Prosopopéia: é um poema épico escrito por Bento Teixeira em 1601 que narra aventuras de Jorge d’Albuquerque Coelho, então governador da Capitania de Pernambuco. Apesar de poder ser considerado o marco inicial do barroco na literatura brasileira, seu valor artístico tem sido questionado por vários críticos modernos.
  Exemplo: As casas espiam os homens que correm atrás das mulheres.



Antitése:  é uma figura de linguagem (figuras de estilo) que consiste na exposição de ideias opostas. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. Esse recurso foi especialmente utilizado pelos autores do período Barroco. O contraste que se estabelece serve, essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. É uma figura relacionada e muitas vezes confundida com o paradoxo. Várias antíteses podem ser feitas através de Amor e Ódio, Sol e Chuva, Paraíso e Inferno, Deus e Diabo.
  Exemplo: Nasce o Sol, e não dura mais que um dia; Depois da Luz se segue à noite escura; Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas e alegrias.



Paradoxo: uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é "o oposto do que alguém pensa ser a verdade". A identificação de um paradoxo baseado em conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, auxiliado significativamente o progresso da ciência, filosofia e matemática.
  Exemplo: a admoestação ética para "amar o seu próximo


Apóstrofe: é uma figura de estilo caracterizada pela evocação de determinadas entidades, consoante o objetivo do discurso, que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor, imaginário ou não, da mensagem. Nas orações religiosas é muito frequente ("Pai Nosso, que estais no céu", "Avé Maria" ou mesmo "Ó meu querido Santo António" são exemplos de apóstrofes). Em síntese, é a colocação de um vocativo numa oração.
  Exemplo:"Ó Leonor, não caias!". É uma característica do discurso direto, pois no discurso indireto toma a posição de complemento indireto: "Ele disse a Leonor que não caísse


Gradação:  é uma figura de estilo, relacionada com a enumeração, onde são expostas determinadas ideias de forma crescente (em direção a um clímax) ou decrescente (anticlímax).
  Exemplo:Tudo começou no meu quarto, onde concebi as ideias que me levariam a dominar o bairro, a cidade, o país, o mundo... E a desejar o próprio Universo...






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